O que é a COP (Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas)?

Manuela Barbosa | modified: 14 de maio de 2024

A COP28, Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, realizada no Dubai, foi um dos eventos mais aguardados, importantes e acompanhados do ano. Mas foi um sucesso ou um fracasso?

Este artigo tem como objetivo fornecer uma análise abrangente sobre a COP28 e os seus objetivos, tentando perceber se os resultados podem ser considerados positivos ou negativos.

O que é a COP28?
A COP28 significa "28ª Conferência das Partes". Esta conferência é a cimeira anual das Nações Unidas focada nas alterações climáticas. A edição de 2023 foi particularmente importante devido à urgência crescente de abordar as alterações climáticas a nível global.

Por que é tão Importante?
A COP28 assumiu particular importância por ter ocorrido após vários desastres climáticos ao longo do ano. Incêndios, inundações e ondas de calor sublinharam a importância de tomar medidas imediatas e concretas.

Objetivos da COP28
A conferência teve vários objetivos, incluindo encontrar soluções para reduzir as emissões de carbono, adaptar-se às alterações climáticas e financiar políticas ambientais,  nomeadamente o fundo para perdas e danos. Mais importante ainda, como alcançar estes objetivos com a união de diferentes países envolvidos. 

Acordos e Compromissos:
Numerosas nações assinaram acordos para reduzir as emissões e investir em tecnologias sustentáveis. No entanto, muitas destas promessas não são vinculativas, levantando dúvidas sobre a sua eficácia futura.

Foi um Sucesso ou um Fracasso?
Para responder a esta pergunta, é necessário considerar vários fatores. Alguns veem a COP28 como um sucesso devido aos acordos alcançados e à atenção global que gerou sobre as alterações climáticas. Por outro lado, a conferência recebeu críticas significativas. Muitos acreditam que os acordos não são suficientes e que não há um plano de ação concreto e imediato.

O papel da Inovação Tecnológica
Outro aspecto interessante diz respeito ao papel da inovação tecnológica na mitigação das alterações climáticas. Várias empresas estão a investir em soluções eco-sustentáveis para aquecimento e produção de energia, mostrando que o setor privado pode contribuir significativamente para alcançar os objetivos da COP.

A Ariston, por exemplo, está profundamente comprometida com o desenvolvimento de novas soluções para reduzir o impacto ambiental da energia doméstica, incluindo caldeiras de baixo consumo e tecnologias para a utilização de energias renováveis.

 

Envolvimento da Sociedade Civil
Um aspeto frequentemente esquecido ao falar da COP é o envolvimento da sociedade civil. Protestos, debates online e campanhas de sensibilização desempenharam um papel fundamental em manter o foco nas questões ambientais.

O Impacto das ONGs e Movimentos Juvenis
Organizações não-governamentais e movimentos juvenis como o Fridays for Future ajudaram a manter a pressão sobre os líderes mundiais para agir urgentemente. A sua presença e iniciativas proporcionaram uma plataforma para aqueles que são mais vulneráveis às alterações climáticas, mas as suas vozes são frequentemente ignoradas nas decisões globais


Desafios Económicos e Políticos
Não podemos analisar a COP sem considerar os desafios económicos e políticos que dificultam o progresso. Muitos países em desenvolvimento destacaram a necessidade de apoio económico para adotar tecnologias sustentáveis.


O Fundo Verde para o Clima
Uma das ferramentas discutidas é o Fundo Verde para o Clima, destinado a apoiar os países menos desenvolvidos na sua transição ecológica. No entanto, as promessas de financiamento muitas vezes não são seguidas por ações concretas, um ponto que tem gerado muitas críticas.


COP28: resumo e conclusões
Embora a COP tenha tido alguns sucessos, como a assinatura de acordos e o aumento da consciencialização sobre as alterações climáticas, o apelo a uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de uma forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, com o objetivo de atingir zero emissões líquidas até 2050,  também mostrou limitações evidentes, incluindo a falta de ações concretas e imediatas.
Em resumo, a COP28 representou um passo em frente, mas é claro que muito ainda há para fazer. É crucial que tanto os governos como as empresas, como a Ariston, continuem a investir em inovação e soluções sustentáveis para enfrentar um dos maiores desafios do nosso tempo.